TRATAMENTOS

ANSIEDADE
Confundida com o jeito de ser da pessoa, é a causa da maioria dos casos de obesidade, de incapacidade de manter o foco e de desperdício de oportunidades pessoais e profissionais. A maioria das pessoas acima do peso e dos usuários diários de tabaco, álcool ou maconha padecem de níveis tratáveis de ansiedade e ignoram o fato. O mesmo se verifica em muitas pessoas que fracassam em persistir em seus projetos, abandonando-os pelo caminho.
IMPACIÊNCIA E IRRITAÇÃO
Maior causa de desgaste nos relacionamentos conjugais, apelidado pelos descrentes na família como desgaste natural do casamento, também se reflete nas outras dimensões sociais da vida humana, tornando-se, não raro, um obstáculo na carreira profissional. 
ESTRESSE
Tanto o aumento das pressões que pesam sobre nossos ombros quanto o de nossa fragilidade momentânea pode fazer com que o suportável se torne insuportável, alterando nosso jeito de ser e de reagir, desencadeando, geralmente, perturbações do humor ou doenças psicossomáticas (sendo as do trato digestivo e da pele as mais frequentes).
COMPULSÃO ALIMENTAR
Comer até se sentir mal e, o que é pior, sentir tal falta de controle sobre o hábito de comer como uma derrota pessoal são as duas características mais marcantes; a terceira é a obesidade subsequente.
DÉFICIT DE ATENÇÃO
A dificuldade para concentrar o esforço intelectual e manter o foco e a atenção em um só objeto por longos períodos de tempo é um mal por si só. Como se não bastasse esse fato, as características peculiares de nossos dias colaboram para agravar o cenário: nunca antes tivemos tanto volume de informação e tantos estímulos sensoriais em tantas partes e a todo instante como nos dias de hoje. O déficit de atenção tornou-se um sintoma quase inevitável de nosso tempo.
DIFICULDADE PARA DORMIR
Escolher a hora de adormecer, deitar-se na cama e pegar no sono é um luxo que muitos gostariam de poder gozar. Porém a dificuldade para iniciar o sono, mesmo depois de uma jornada exaustiva de trabalho, ou dificuldade para dormir uma noite inteira, sem despertares durante a madrugada, é um das queixas mais frequentes e também uma das que melhor respondem ao tratamento adequado.

REDUÇÃO DA LIBIDO

Tomada pelos descrentes na família como mais um fruto do desgaste natural do casamento; tomada pelos ignorantes como um fato normal do envelhecimento; na verdade, na maioria dos casos, decorre do estilo de vida adotado e, em muitos outros, não passa de um sinal de que algo não está funcionando bem em nosso organismo (como vemos nos casos de redução dos níveis de testosterona e de depressão, por exemplo). Independente disso, porém, a verdade é que, hoje, medicações psicotrópicas podem resgatar a libido e facilitar o orgasmo, mesmo que não hajam alterações patológicas verificáveis, melhorando a auto-estima e a qualidade de vida das pessoas (e salvando milhares de casamentos).

DESÂNIMO

Nosso estado de ânimo tem uma relação muito íntima com a nossa postura diante da vida e com os elementos de nossa vida em um dado momento, porém também tem uma relação muito íntima com alterações fisiológicas que independem de nossa vontade e nada tem a ver com isso, como vemos em muitos casos de hipotireoidismo ou de depressão, por exemplo. Não foram poucas as pessoas que perderam a confiança e abandonaram seus sonhos em função do desânimo decorrente de causas fisiológicas que desconheciam.

DESINTERESSE PELAS COISAS BOAS DA VIDA

O primeiro indício de uma quadro depressivo não é a tristeza, como a maioria das pessoas imagina, mas a perda da capacidade de sentir prazer pelos seus hobbies, aquelas atividades simples, que sempre foram uma grande fonte de satisfação e felicidade em suas vidas, como correr na orla, caminhar com seu cachorro ou ler um bom livro.

MAU HUMOR

Poucas coisas são tão implacáveis e cruéis quanto o julgo do mau-humor sobre o mal-humorado.  Nos momentos de solidão, quando o mau-humor não pode saltar de seu escravo para alguém próximo, ele se volta contra seu escravo, o encurrala, o sufoca, o faz confessar: eu não aguento mais, nem eu estou mais me aguentando mais. É impossível estimar o custo das inúmeras portas que deixaram de se abrir para tal escravo em função da ação repelente que seu senhor, o mal humor, tem sobre as outras pessoas - isso sem contar as que se fecharam.

CANSAÇO MATINAL

Não são poucas as pessoas que, mesmo depois de uma noite bem dormida, queixam-se de que, ao despertar, naquelas primeiras horas do dia, sentem-se muito cansadas e indispostas. Muitas alterações (do humor, hormonais, etc.), embora não se reflitam no dimensão imediatamente perceptível do sono, se expressam de muitas formas distintas, e uma delas é esse cansaço acentuado nas horas que sucedem o despertar.

ESGOTAMENTO MENTAL

Uma pessoa reclina a cadeira do escritório para trás, olha para o teto e permanece parada, imóvel, enquanto o seu mundo a aguarda para oprimi-la novamente. Essa cena retrata bem um momento de esgotamento mental, mas retrata apenas um momento. Um momento desses é normal; viver assim, não.

ATAQUE DE PÂNICO

Falta de ar, aumento da frequência cardíaca, palpitação, medo de perder o controle ou de morrer naquele instante são algumas das sensações possíveis (não listei todas) num ataque de pânico. Apesar de se tratar de uma vivência desesperadora, responde muito bem ao tratamento adequado e é muito fácil de controlar.

IMPULSIVIDADE

Dizem que apenas três coisas não voltam nessa vida: a flecha lançada, a palavra falada e a oportunidade perdida. A impulsividade é, sem dúvida nenhuma, a causa de praticamente todas as oportunidades perdidas, por mal uso da palavra falada, de evitar profundas mágoas nas pessoas amadas. Ainda bem que esse mal também tem tratamento.

TENSÃO PRÉ-MENSTRUAL

A TPM, em seu espectro mais amplo, é aquilo mesmo que a sabedoria popular imagina, porém, em uma quantidades significativa de casos, é tão intensa e dura tantos dias que pode chegar a ser confundida com o Transtorno Afetivo Bipolar - como é o caso que podemos verificar num testemunho real que se encontra em meu canal do Youtube (drfelipefigueiredo psiquiatra) e no meu Instagram (@drfelipefigueiredo). Vale a pena conferir.

TRISTEZA

Quando duas experiências distintas (como é o caso da tristeza normal e da tristeza patológica) são designadas pelo mesmo termo, é praticamente impossível evitar confusão. Porém, quando a fronteira entre a experiência normal e a patológica não é tão clara e apresenta muitas sutilezas, a chance de confusão é ainda maior. Por causa dessa confusão, a maioria das pessoas sofre meses ou anos com as manifestações das fases iniciais do processo depressivo, que precedem o quadro clínico propriamente dito.

ISOLAMENTO

O isolamento pode ter várias causas, desde um sintoma do humor depressivo a uma estratégia defensiva relativa a um quadro de fobia (social), mas, independentemente da natureza de sua causa, é sempre fonte de prejuízo profissional e pessoal: vida humana é relacionamento; e quem evita o mundo dos relacionamentos, evita a essência da vida humana. 

PROCRASTINAÇÃO

Você sabe o que precisa ser feito para que determinada meta seja alcançada, mas não faz (e, por isso, a sociedade acaba privada dos frutos de seu talento desperdiçado). A procrastinação pode ser tanto uma questão puramente comportamental (a da falta de disciplina) quanto um sintoma de causa orgânica, como uma deficiência hormonal (muito comum na de testosterona, por exemplo) ou um quadro depressivo em suas fases iniciais.

EJACULAÇÃO PRECOCE

Pelo mesmo motivo pelo qual poucas pessoas sabem que alguns psicofármacos atuam na otimização da libido e na facilitação do orgasmo, a maioria das pessoas desconhece o fato de que a ejaculação precoce pode ser tratada com sucesso pela psiquiatra, que é sempre deixada como última da lista das especialidades capacitadas para tratá-la - um fato curioso, uma vez que é facilmente tratada com o emprego de determinados  psicofármacos, constituindo não apenas a solução mais rápida e eficaz, mas a de menor custo. Muitos homens podem evitar o desconforto dessa queixa com o tratamento psicofarmacológico adequado.

INSTABILIDADE EMOCIONAL

Quando uma pessoa apresenta reações desproporcionalmente intensas à estímulos que são bem tolerados pela maior parte da população, dizemos que essa pessoa apresenta instabilidade emocional. Dois são os fatores que mais influenciam da reação das pessoas: o fator cultural (seus valores) e a intensidade da vivência emocional. Quanto mais intensa é a vivência emocional maior a energia necessária para controlá-la. A instabilidade emocional é uma das principais causas do tão falado desgaste natural do casamento.

INCAPACIDADE DE SE DESLIGAR DOS PROBLEMAS DO DIA A DIA

Tende a se fazer mais intensa em períodos de maior estresse, quando até a temática dos sonhos passa a girar em torno desses problemas,  culminando, não raramente, em despertares no meio da madrugada, quando o pensamento ativado sequestra a pessoa do sono angustiado para períodos de imersão angustiada e cansativa. 

DEPRESSÃO LEVE

Uma vez que o conceito de depressão leve constitui-se em contraste ao conceito de tristeza mórbida, recomendo que a leitura de meus dois textos Depressão grave e Depressão moderada preceda a deste.

O termo depressão leve deve ser compreendido à parte dos termos depressão grave e depressão moderada. O fato de que esses três termos constituem-se a partir do mesmo substantivo depressão e se diferenciem por meio dos adjetivos grave, moderada e leve não implica que os três designem o mesmo conceito lógico e seus respectivos graus de gravidade – esta premissa é válida apenas para os termos depressão grave e depressão moderada, os quais designam a mesma doença, o mesmo processo mórbido e a marcante diferença de seus cursos evolutivos.

Como vimos, a tristeza mórbida difere da tristeza comum, por não se tratar apenas de um sentimento, mas de um processo mórbido propriamente dito (uma alteração qualitativa da tristeza comum, que influencia desde as funções mais elementares do organismo humano até as mais elevadas), fato que não lhe permite que seja designada pelo termo depressão leve, o qual não designa um processo mórbido propriamente dito (a referida alteração qualitativa da tristeza comum), mas um conjunto de variações quantitativas do estado de espírito habitual de um determinado indivíduo e seus concomitantes físicos (sintomas).

Para que se tenha uma ideia do conceito lógico designado pelo termo depressão leve, basta que um ser humano que nunca experimentou a tristeza mórbida se lembre de como se sentiu e se comportou nos momentos mais tristes de sua vida. A tristeza da depressão leve é mais intensa e extensa do que a tristeza comum, mas não de natureza distinta.

A depressão leve não deve ser entendida como uma doença mental propriamente dita, com um processo mórbido subjacente claro e evidente; mas como uma perturbação mental, uma síndrome, um conjunto de sinais e sintomas que podem ser causados por uma miríade de fatores e que, geralmente, estão relacionados a questões existenciais. Aliás, este é o único aspecto claro e evidente da patogenia desta perturbação mental: o seu caráter existencial.

Se os relatos de tentativas de suicídio forem tomados por tentativas de suicídio propriamente ditas, pode-se afirmar que tais tentativas são muito frequentes entre os indivíduos que padecem de depressão leve. No entanto, quando submetidos a uma investigação minuciosa, tais relatos demonstram que não podem ser considerados tentativas de suicídio propriamente ditas devido à falta de possibilidade de dar cabo a própria vida.

Enfim, o termo depressão leve não implica, necessariamente, que o quadro clínico seja leve, mas que não cursa com tristeza mórbida. A tristeza comum, por mais que não se assemelhe à tristeza mórbida, também pode ser fonte de imenso sofrimento, mas um sofrimento existencial, para o qual, não raro, muitos indivíduos encontram alívio nas drogas.

DEPRESSÃO MODERADA

Uma vez que o conceito de depressão moderada constitui-se em relação ao conceito de depressão grave, recomendo que a leitura de meu texto Depressão grave preceda a deste.

A fundamental diferença entre a depressão grave e a depressão moderada é o curso natural do processo mórbido. Enquanto, na depressão grave, o novo fluxo energético-fisiológico instaurado pela tristeza mórbida e a intensidade de seus sucedâneos (os sintomas) dirigem o indivíduo inevitavelmente à morte; na depressão moderada, dirigem o indivíduo para um estado de sofrimento contínuo, sem necessariamente matá-lo. O processo mórbido da depressão grave é implacável e segue consumindo o indivíduo até o fim, ao passo que o da depressão moderada se limita a aprisioná-lo num estado de sofrimento permanente. A depressão grave é uma pena de morte; a moderada, prisão perpétua.

Aprisionado por forças que o transcendem, o indivíduo que, algum dia, vier a padecer de depressão moderada, encontrar-se-á privado de seu estado de espírito habitual e, deste dia em diante, seu corpo e consciência encontrar-se-ão sob a influência da tristeza mórbida típica da depressão grave, só que menos voraz; e um destino de sofrimento e infelicidade se fará seu.

Geralmente, os indivíduos que padecem de depressão moderada ou de depressão grave lembram-se com espantosa precisão do dia em que adoeceram. Isto decorre do fato de que a tristeza mórbida não se trata de uma variação da tristeza comum (que é apenas um sentimento), mas de um processo mórbido propriamente dito, que despenca sobre tais indivíduos, subitamente, como a escuridão de um sol que se apaga em pleno meio-dia.

Diferente da marcha intrépida do processo mórbido da depressão grave, o processo mórbido da depressão moderada permite ao indivíduo envolvido por ela breves períodos de relativo alívio, retomando-o logo em seguida.

Suicídio pode ocorrer na depressão moderada, mas de modo distinto dos suicídios da depressão grave (na qual o indivíduo encontra-se sob tão intensa influência da tristeza mórbida que não considero exagero imputá-la pela regência dos automatismos motores consumantes do ato fatídico). Na depressão moderada, que não cursa com tamanha supressão da autonomia de pensamento, de volição e de ação, é do indivíduo a decisão de morrer e, muitas vezes, o suicídio é planejado com significativa antecedência. Na depressão grave, o suicida é atraído e impulsionado à morte; na moderada, escolhe a morte por não mais suportar tal estado de espírito. Prova disso é o fato de que, na depressão moderada, o suicídio é muito mais frequente nos períodos de relativo alívio, quando o indivíduo dispõe da energia necessária para executar seu plano de morte, do que nos períodos em que a tristeza mórbida se faz presente (exceto, é claro, quando são transcendidos os limites que a distinguem da depressão grave, momento em que entram em cena seus três desfechos naturais: catatonia, psicose e suicídio).

Por fim: (1) catatonia e psicose são incomuns na depressão moderada e, caso ocorram, já não se trata de depressão moderada, mas de depressão grave (pois nada impede que a depressão moderada se torne depressão grave); (2) à semelhança da depressão grave, a tristeza aqui não se trata de um sentimento, mas de um processo mórbido.

DEPRESSÃO GRAVE

Caracteriza-se, fundamentalmente, por assolar o indivíduo que dela padece com uma tristeza distinta da tristeza comum: a tristeza mórbida; uma tristeza visceral, o seu aspecto mais sombrio.

As raízes desta tristeza incomum absorvem a energia vital do ser humano (o ânimo), consumindo-a, tonificando-se a partir dela e provocando um estado de desequilíbrio energético-fisiológico que se manifesta no corpo do indivíduo depressivo através da fraqueza física e da modificação dos instintos vegetativos (fome, sede, sono e sexo), comuns a qualquer animal. A partir desse momento, geralmente, o indivíduo depressivo já não dispõe da energia necessária para esboçar qualquer reação.

Tonificada pela energia vital humana, a tristeza mórbida passa a atrair como um imã e coordenar como um eixo a própria consciência humana, regendo o conteúdo do pensamento, para dar relevo às lembranças mais sofridas (p. ex., arrependimentos) e aos sentimentos mais dolorosos (p. ex., culpa), enquanto embota todo e qualquer desejo relativo a tudo o que outrora foi motivo de satisfação e alegria. Solidão torna-se um destino inevitável.

Enfraquecido, solitário, com a consciência sob a influência da tristeza mórbida, o ser humano encontra-se em uma situação extrema e a ajuda de terceiros se faz imprescindível. Caso prossiga tal processo mórbido, o fim há de ser trágico. É preciso intervir.

Três são os mais graves desfechos naturais do progresso desta enfermidade: a catatonia, a psicose e o suicídio. A catatonia é o estado de completa paralisia física e psíquica: em um quarto escuro, deitado, sem comer, beber ou se mover, o indivíduo definhará até a morte por inanição. A psicose se dá, quando a consciência deste indivíduo, até então dominada pela tristeza mórbida e girando em torno dela, rompe este ciclo, desvincula-se inteiramente da realidade, e passa a se encontrar assombrada por tudo o que há de mais assustador para si mesma – momento em que escuta o que ninguém ouve, sente o que ninguém sente e vê o que ninguém vê. E, por último, o suicídio, que dispensa comentários.

Depressão deriva de depressus, palavra do latim que significa baixo; porém, não se trata de o indivíduo ficar mais triste do que o seu padrão normal ou o padrão normal dos outros (isto seria uma alteração quantitativa da tristeza), mas de padecer de uma tristeza diferente (uma alteração qualitativa). A tristeza mórbida (típica da depressão) não se trata apenas de um sentimento, mas um processo mórbido complexo e perigoso.

DEPENDÊNCIA QUÍMICA

O fato de um indivíduo usar determinada droga ou de alegar que não consegue interromper o seu uso não implica, necessariamente, no fato de que este indivíduo seja um dependente químico. O termo viciado em drogas não é sinônimo do termo dependente químico. Vício é uma coisa; dependência química, outra.

O termo dependente químico designa o indivíduo que, após a interrupção do uso de determinada droga, padece de determinados sintomas (os quais, por terem uma causa comum, são reunidos em um grupo e designados pelo termo síndrome de abstinência).

A dependência química é um quadro clínico fundamentalmente orgânico; portanto, algumas noções médicas são imprescindíveis para a sua compreensão.

O termo fisiologia designa a integração das diversas e distintas funções, de todas as diferentes células e partes do corpo humano, em um todo funcional. O corpo humano depende dessa função global, e não das funções de partes distintas, isoladas umas das outras. As necessidades do corpo humano, porém, ultrapassam os limites da fisiologia humana (que enfoca apenas o seu funcionamento interno) e avançam sobre o mundo circundante, impondo, para constituição e sobrevivência deste corpo, a obtenção, por consumo, de certos elementos vitais (p. ex.: a água e o ar). Repito: impondo – porque algo impõe ao ser humano que se ponha em movimento rumo à obtenção dos elementos vitais, são os instintos vegetativos.

Os instintos vegetativos (p. ex.: de respirar ou de ingerir água) irrompem no ser humano, provocando um crescente desprazer que o põe em movimento rumo à obtenção dos elementos vitais capazes de saciá-los. Porém, nem sempre é possível o consumo de tais elementos, e o corpo humano, a fim de manter sua fisiologia, realiza uma série de adaptações internas, gerando grande desconforto e sofrimento, de modo que, caso não sejam obtidos os elementos vitais e não seja restabelecida a fisiologia original, doença ou morte se fará destino.

O termo dependência química designa uma doença orgânica transitória, que resulta da perversão da fisiologia humana e dos instintos vegetativos; o que não é o caso dos termos viciado em drogas e usuário recreativo de drogas, os quais (definirei adiante) se referem às pessoas que, com a ingenuidade da juventude, imaginam-se no controle de uma situação, quando, na verdade, estão prestes a atualizar o mito do Cavalo de Troia.

A pessoa que consome sistematicamente uma droga com potencial de causar dependência química induz o seu organismo a absorver, em seu funcionamento global, um elemento capaz de perverter a fisiologia humana e induzir o seu corpo a tomá-lo como um elemento vital, fato que dá origem a um novo instinto (a fissura), que, por sua vez, tem o poder de por a pessoa em movimento rumo ao consumo desta droga – única coisa capaz de saciar este instinto adquirido. A droga com potencial de causar dependência química funciona como um Cavalo de Troia, veículo da fissura (o instinto em potência que ela contém).

Iludido, tendo subestimado o poder da droga e se imaginado no controle da situação, o dependente químico toma consciência da verdade dos fatos, quando se percebe dominado pela fissura ou açoitado pela síndrome de abstinência. Em primeiríssima instância, a dependência química nasce da imprudência ou da ignorância.

Caso uma força externa impeça o dependente químico de consumir a droga, seu corpo, ainda sob o feitiço da fissura, sentindo a falta deste elemento que passou a tomar por vital, realizará uma série de adaptações internas, gerando grande desconforto e sofrimento (a síndrome de abstinência), e, caso a droga prossiga ausente, tal feitiço perde a força e o corpo humano retorna, automaticamente, à sua fisiologia original.

As provas clínicas de que um indivíduo é dependente químico são a fissura e a síndrome de abstinência; logo, o melhor tratamento para um dependente químico é, obviamente, a internação.

Agora, antes de definir o termo viciado em drogas, é de fundamental importância atentar para o fato de que a população leiga, de um modo geral, costuma confundir o significado dos termos dependente químico e viciado em drogas e empregar os dois como se fossem sinônimos. Isso é um equívoco.

O termo viciado em drogas designa a pessoa que, pelos mais diversos motivos, elege o consumo de determinada droga como o sentido de sua existência ou como um meio de automedicação, passando a gravitar, junto aos demais aspectos de sua vida, em torno deste eixo central. Enquanto o corpo humano do dependente químico toma a droga como elemento vital e se encontra sob o feitiço da fissura, a pessoa humana do viciado em drogas toma a droga como sentido existencial ou como um medicamento. O dependente químico é movido por um instinto artificialmente adquirido (a fissura); o viciado em drogas, por uma falta (ou perda) de sentido existencial ou para aliviar os sintomas de um transtorno mental (p. ex.: o transtorno de ansiedade generalizada, frequentemente observada em viciados em álcool ou maconha).

O desafio que se impõe ao viciado em drogas que não padece de um transtorno mental é o mesmo que se impõe a todos os seres humanos: encontrar (ou reencontrar) um sentido para a sua existência. O que se impõe ao viciado em drogas que padece de um transtorno mental é o tratamento deste transtorno. Para o primeiro, psicoterapia. Para o segundo, psicotrópicos e psicoterapia.

O termo usuário recreativo de drogas designa a pessoa que consome determinada droga, mas não a elege como o sentido de sua existência e não a coloca como o eixo central de sua vida, mantendo-a como um aspecto periférico e descartável. Embora o usuário recreativo de drogas pareça e se sinta no controle da situação, é bom lembrar que, usuário recreativo de drogas ou não, todas as pessoas estão sujeitas às vicissitudes da vida e (1) a perder o sentido de sua existência ou a (2) desenvolver um transtorno mental; logo, todo usuário recreativo de drogas é um viciado em drogas em potencial (e todo viciado em drogas, por sua vez, é um dependente químico em potencial).

TRANSTORNOS FÓBICO-ANSIOSOS

De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID 10), abaixo estão todos os tipos transtornos fóbicos-ansiosos. 
  • Agorafobia
  • Fobias sociais
  • Fobias específicas (isoladas)
  • Outros transtornos fóbico-ansiosos
  • Transtorno fóbico-ansioso não especificado


OUTROS TRANSTORNOS DE ANSIEDADE

De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID 10), abaixo estão os outros transtornos de ansiedade. 
  • Transtorno de pânico (ansiedade paroxística episódica)
  • Transtorno de ansiedade generalizada
  • Transtorno misto de ansiedade e depressão
  • Outros transtornos mistas de ansiedade
  • Outros transtornos de ansiedade não-especificados
  • Transtorno de ansiedade, não especificado

TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO 

De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID 10), abaixo estão todos os subtipos do transtorno obsessivo compulsivo. 
  • Transtorno obsessivo-compulsivo com predominância de idéias ou de ruminações obsessivas
  • Transtorno obsessivo-compulsivo com predominância de comportamentos compulsivos (rituais obsessivos)
  • Transtorno obsessivo-compulsivo, forma mista, com idéias obsessivas e comportamentos compulsivos
  • Outros transtornos obsessivo-compulsivos
  • Transtorno obsessivo-compulsivo não especificado

REAÇÃO A ESTRESSE GRAVE E TRANSTORNOS DE AJUSTAMENTO

De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID 10), abaixo estão todos os subtipos de Reação a estresse grave e transtornos de ajustamento. 
  • Reação aguda a estresse
  • Transtorno de estresse pós-traumático
  • Transtornos de ajustamento 
    • Reação depressiva breve
    • Reação depressiva prolongada
    • Reação mista depressiva e ansiosa
    • Com perturbação predominante de outras emoções 
    • Com perturbação predominante de conduta
    • Com perturbação predominante de emoções e conduta
    • Outros sintomas predominantes especificados
    • Outras reações a estresse grave
    • Reação a estresse grave, não especificada

TRANSTORNOS SOMATOFORMES

De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID 10), abaixo estão todos os subtipos de Transtornos somatoformes. 
  • Transtorno de somatização
  • Transtorno somatoforme indiferenciado
  • Transtorno hipocondríaco
  • Disfunção autonômica somatoforme
    • coração e sistema cardiovascular
    • trato gastrintestinal superior
    • trato gastrintestinal inferior
    • sistema respiratório 
    • sistema genitourinário
    • outro órgão ou sistema
  • Transtorno doloroso somatoforme persistente
  • Outros transtornos somatoformes
  • Transtorno somatoforme não especificado


TRANSTORNOS ALIMENTARES

De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID 10), abaixo estão todos os transtornos alimentares.
  • Anorexia nervosa
  • Anorexia nervosa atípica
  • Bulimia nervosa
  • Bulimia nervosa atípica
  • Hiperfagia associada a outras perturbações psicológicas
  • Vômitos associados a outras perturbações psicológicas
  • Outros transtornos alimentares
  • Transtorno alimentar não especificado

TRANSTORNOS NÃO-ORGÂNICOS DO SONO

De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID 10), abaixo estão todos os transtornos não-orgânicos do sono.
  • Insônia não-orgânica
  • Hipersonia não-orgânica
  • Transtorno não-orgânico do ciclo sono-vigília
  • Sonambulismo
  • Terrores noturnos
  • Pesadelos
  • Outros transtornos não-orgânicos do sono
  • Transtorno não-orgânico de sono não especificado 

DISFUNÇÃO SEXUAL NÃO CAUSADA POR TRANSTORNO OU DOENÇA ORGÂNICA

De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID 10), abaixo estão todas as disfunções sexuais não causadas por transtorno ou doença orgânica.
  • Falta ou perda de desejo sexual
  • Aversão sexual ou falta de prazer sexual
  • Falha de resposta genital
  • Disfunção orgásmica
  • Ejaculação precoce
  • Vaginismo não-orgânico
  • Dispareunia não-orgânica
  • Impulso sexual excessivo
  • Outras disfunções sexuais não causadas por transtorno ou doença orgânica
  • Disfunção sexual não causada por transtorno ou doença orgânica não especificada

TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR

De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID 10), abaixo estão todos os subtipos de transtorno afetivo bipolar.
  • Transtorno afetivo bipolar, episódio atual hipomaníaco
  • Transtorno afetivo bipolar, episódio atual sem sintomas psicóticos
  • Transtorno afetivo bipolar, episódio atual com sintomas psicóticos
  • Transtorno afetivo bipolar, episódio atual depressivo leve ou moderado, com ou sem sintomas somáticos
  • Transtorno afetivo bipolar, episódio atual depressivo grave sem sintomas psicóticos 
  • Transtorno afetivo bipolar, episódio atual depressivo grave com sintomas psicóticos 
  • Transtorno afetivo bipolar, episódio atual misto
  • Transtorno afetivo bipolar, atualmente em remissão
  • Outros transtornos afetivos bipolares
  • Transtorno afetivo bipolar não especificado

EPISÓDIO MANÍACO

De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID 10), abaixo estão todos os subtipos de episódio maníaco.
  • Hipomania
  • Mania sem sintomas psicóticos 
  • Mania com sintomas psicóticos 
  • Outros episódios maníacos
  • Episódio maníaco não especificado

EPISÓDIO DEPRESSIVO

De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID 10), abaixo estão todos os subtipos de episódio depressivo.
  • Episódio depressivo leve com ou sem sintomas somáticos
  • Episódio depressivo moderado com ou sem sintomas somáticos
  • Episódio depressivo grave com ou sem sintomas psicóticos 
  • Outros episódios depressivos
  • Episódio depressivo não especificado

TRANSTORNO DEPRESSIVO RECORRENTE

De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID 10), abaixo estão todos os subtipos de transtorno depressivo recorrente.
  • Transtorno depressivo recorrente episódio atual leve, com ou sem sintomas somáticos 
  • Transtorno depressivo recorrente episódio atual moderado, com ou sem sintomas somáticos 
  • Transtorno depressivo recorrente episódio atual grave sem sintomas psicóticos
  • Transtorno depressivo recorrente episódio atual grave com sintomas psicóticos
  • Transtorno depressivo recorrente atualmente em remissão
  • Outros transtornos depressivos recorrentes
  • Transtorno depressivo recorrente não especificado

TRANSTORNOS PERSISTENTES DO HUMOR (AFETIVOS)

De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID 10), abaixo estão todos os tipos de transtornos persistentes do humor (afetivos).
  • Ciclotimia
  • Distimia
  • Outros transtornos persistentes do humor (afetivos)
  • Transtorno persistente do humor (afetivo) não especificado 

TRANSTORNOS DELIRANTES PERSISTENTES

De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID 10), abaixo estão todos os tipos de transtornos delirantes persistentes.
  • Transtorno delirante
  • Outros transtornos delirantes persistentes
  • Transtorno delirante persistente não especificado

TRANSTORNOS PSICÓTICOS AGUDOS E TRANSITÓRIOS

De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID 10), abaixo estão todos os tipos de transtornos psicóticos agudos e transitórios.
  • Trasntorno psicótico polimórfico agudo sem sintomas de esquizofrenia
  • Trasntorno psicótico polimórfico agudo com sintomas de esquizofrenia
  • Trasntorno psicótico esquizofreniforme agudo
  • Outro trasntorno psicótico agudo predominantemente delirante
  • Outros transtornos psicóticos agudos e transitórios
  • Transtorno psicótico agudo e transitório não especificado

TRANSTORNOS ESQUIZOAFETIVOS

De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID 10), abaixo estão todos os tipos de transtornos esquizoafetivos.
  • Transtorno esquizoafetivo tipo maníaco
  • Transtorno esquizoafetivo tipo depressivo
  • Transtorno esquizoafetivo tipo misto
  • Outros transtornos esquizoafetivos
  • Transtorno esquizoafetivo não especificado

ESQUIZOFRENIA

De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID 10), abaixo estão todos os tipos de esquizofrenia.
  • Esquizofrenia paranóide
  • Esquizofrenia hebefrênica
  • Esquizofrenia catatônica
  • Esquizofrenia indiferenciada
  • Depressão pós-esquizofrênica
  • Esquizofrenia residual
  • Esquizofrenia simples
  • Outra esquizofrenia
  • Esquizofrenia não especificada

O QUE É PSICOTERAPIA?*

"Denomina-se psicoterapia uma técnica para o tratamento de doenças mentais ou psíquicas que não utiliza medicamentos ou algum tipo de equipamento ou aparelho. A psicoterapia é também aplicada no tratamento dos aspectos emocionais que estão envolvidos nas doenças físicas, particularmente nas chamadas “doenças psicossomáticas”." *Prof. Miguel Chalub

QUAL A DIFERENÇA ENTRE PSICOTERAPIA E ACONSELHAMENTO?*

Não se deve confundir psicoterapia com aconselhamento. A psicoterapia baseia-se em uma determinada teoria ou doutrina psicológica e sua aplicação clínica deve obedecer a regras técnicas e métodos bem estabelecidos. O aconselhamento, em geral, não se apóia em pressupostos teóricos, não tem técnica formalizada e prende-se mais à personalidade de seu praticante (o aconselhador). *Prof. Miguel Chalub

QUAIS SÃO OS REQUISITOS PARA SE ESTABELECER UMA PSICOTERAPIA?*

Para o estabelecimento de uma psicoterapia são necessárias algumas condições básicas: uma doutrina psicológica, profissionais devidamente qualificados e um relacionamento entre o psicoterapeuta e paciente dentro de limites bem estabelecidos. *Prof. Miguel Chalub

QUAL A IMPORTÂNCIA DE UMA DOUTRINA PSICOLÓGICA?*

Uma doutrina psicológica, cientificamente reconhecida, serve de suporte teórico à psicoterapia, por exemplo, a psicanálise. Portanto, a psicoterapia não pode se apoiar em teorias não validadas pela ciência como, por exemplo, a “terapia de vidas passadas”. *Prof. Miguel Chalub

QUAIS SÃO OS PROFISSIONAIS QUE PODEM APLICAR PSICOTERAPIA?*

A psicoterapia só deve ser praticada por profissionais que tenham formação, teórica e clínica, para tanto (médicos e psicólogos). Já o aconselhamento pode ser exercido por pessoas que lidam habitualmente com problemas humanos (assistentes sociais, ministros religiosos, professores e outros). *Prof. Miguel Chalub

COMO DEVE SER A RELAÇÃO ENTRE PSICOTERAPEUTA E PACIENTE?*

Estabelece-se entre o psicoterapeuta e o paciente uma relação afetiva bi-pessoal, por vezes chamada de “transferência”, na qual do lado do paciente deve haver confiança e disposição para mudar e do lado do terapeuta, aptidão para ajudar.

O psicoterapeuta não pode se envolver emocionalmente com o paciente, pois além de ser um erro técnico, pode gerar questões éticas. A relação afetiva bi-pessoal deve ficar dentro de limites bem estabelecidos. Esta regra é denominada “neutralidade”. *Prof. Miguel Chalub

QUAIS SÃO OS TIPOS DE PSICOTERAPIA?*

As psicoterapias dividem-se em duas grandes modalidades: diretivas e não-diretivas. *Prof. Miguel Chalub

COMO É A PSICOTERAPIA DIRETIVA?*

Psicoterapias diretivas são aquelas em que o psicoterapeuta procura ajudar o cliente por meio de sugestões, argumentação, orientação e esclarecimento. Ele “dirige” o paciente na busca das causas de seu sofrimento psíquico, ajuda a compreendê-las melhor e a encontrar possíveis soluções.

Apesar da participação ativa, o psicoterapeuta tem que manter a regra da neutralidade. Isso evita que o paciente seja conduzido pelo terapeuta em todas as situações de sua vida.

A grande crítica que se pode fazer a esta linha de psicoterapia é que ela pode tirar a autonomia do cliente e transformá-lo numa pessoa dependente do terapeuta. São técnicas dessa forma de psicoterapia: psicoterapia de apoio, hipnose.

Por suas características diretivas, ela deve ser aplicada preferencialmente a pacientes que apresentam graves problemas mentais e emocionais (psicoses), juntamente com o tratamento medicamentoso. Pode ser usada também com pessoas idosas que já não farão grandes transformações em suas vidas.

Em alguns casos, pode-se recorrer a ela para ajudar a resolver problemas bem localizados e delimitados, como por exemplo, as fobias específicas de determinados objetos (objetos pontudos como facas) ou de situações (viajar de avião, andar só na rua). *Prof. Miguel Chalub

COMO SÃO AS PSICOTERAPIAS NÃO-DIRETIVAS?*

As psicoterapias não-diretivas têm um objetivo diferente das diretivas: procuram ampliar a consciência que o paciente tem de si próprio, das outras pessoas e do ambiente em que vive para que faça as mudanças necessárias ao término ou a atenuação de seu sofrimento psíquico.

Nesta linha de ação terapêutica evita-se tudo que possa direcionar o cliente para que ele mesmo possa tomar suas decisões e escolher o caminho a seguir. A regra da neutralidade é absoluta e é sempre respeitada a autonomia e a independência do paciente.

A psicoterapia não-diretiva aplica-se preferencialmente a pessoas que têm condições de personalidade para fazer grandes mudanças internas. *Prof. Miguel Chalub

QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS ESCOLAS DE PSICOTERAPIA NÃO-DIRETIVA?*

As principais escolas são a psicanálise, a psicoterapia focal e a psicoterapia breve. *Prof. Miguel Chalub

QUAIS SÃO OS OBJETIVOS DA PSICANÁLISE?*

A psicanálise procura revelar a motivação inconsciente dos pensamentos, emoções e atitudes das pessoas, ou seja, desvendar aspectos da personalidade de que a própria pessoa não tinha conhecimento a fim de ajudá-la a compreender a si mesma e aos outros. Se este fim for atingido, ao menos em parte, o paciente pode se libertar de seus sintomas e sofrimento já que pode entender a razão inconsciente deles. *Prof. Miguel Chalub

QUAIS SÃO OS OBJETIVOS DA PSICOTERAPIA FOCAL?*

A psicoterapia focal procura encontrar o problema psicológico fundamental do paciente que, em geral, engendra todos os outros (o “foco”) e, a partir daí, ajudar o paciente a solucioná-lo. *Prof. Miguel Chalub

QUAIS SÃO OS OBJETIVOS DA PSICOTERAPIA BREVE?*

Também embasada na psicanálise e com o uso de técnicas diretivas, a psicoterapia breve visa atingir os problemas emocionais mais prementes e que possam ser solucionados a curto prazo. Resolvido este objetivo, o paciente pode terminar o tratamento ou continuar com outra técnica. *Prof. Miguel Chalub

QUAIS SÃO AS OUTRAS TÉCNICAS DE TRATAMENTO PSICOLÓGICO?*

Uma técnica de tratamento psicológico semelhante à psicoterapia mas que dela se distingüe por seus pressupostos teóricos básicos e por sua metodologia de aplicação é a condutoterapia, também chamada terapia comportamental ou cognitivo-comportamental. Trata-se de técnica comportamental que não visa a grandes mudanças psíquicas internas ou mesmo a nenhuma mas sim mudar conduta anormal ou atitudes impróprias e com isto eliminar ou reduzir o sofrimento de quem as apresenta. Como exemplo de sua aplicação pode-se citar o tratamento das fobias (medo intenso, irracional e injustificado) e dos distúrbios do sono. *Prof. Miguel Chalub

EM QUE SITUAÇÕES A PSICOTERAPIA PODE SER APLICADA?*

A psicoterapia, por ser uma técnica terapêutica que se baseia apenas na relação interpessoal e se utiliza da comunicação verbal (diálogo entre o paciente e o terapeuta) e não-verbal (gestos, atitudes, expressões faciais, posturas etc.) não pode ser o único tratamento para as doenças mentais graves. Em verdade, ela pode ser aplicada a todas as enfermidades mentais, ao menos na sua modalidade de psicoterapia de apoio ou orientação uma vez que todos os pacientes ainda que acometidos de doenças graves, são acessíveis a este método. Assim, na medida do possível, ela pode ser utilizada em todos os casos. *Prof. Miguel Chalub

AS PSICOTERAPIAS PODEM SER APLICADAS NAS NEUROSES E NAS PSICOSES?*

O campo ideal para o tratamento psicológico são as neuroses e as psicoses leves. Denominam-se neuroses as doenças psíquicas que, apesar de possível intenso sofrimento psíquico (ansiedade, depressão e outros) não retiram o paciente da realidade externa, ou seja, não o tornam alienado (louco ou maluco, em linguagem vulgar). As psicoses, por sua vez, afastam o paciente da realidade. Por isto, eles ouvem vozes ou vêem coisas, sentem-se ameaçados ou perseguidos e apresentam outros sintomas que o tiram do mundo real. Nas psicoses leves, ao lado do tratamento medicamentoso, pode-se empregar também a psicoterapia. *Prof. Miguel Chalub

EM QUE TIPOS DE NEUROSES A PSICOTERAPIA PODE SER APLICADA?*

A psicoterapia é o tratamento de escolha para a neurose de angústia, depressão, estresse, histeria e doenças físicas, particularmente nas chamadas “doenças psicossomáticas”. Estas são doenças físicas (ou somáticas) em cuja causa intervêm de forma importante fatores psíquicos ou emocionais. As mais conhecidas são transtorno do pânico, a asma brônquica, úlcera de estômago ou duodeno, colite ulcerativa, disfunção sexual etc. Nesse último caso, muitas vezes também é necessário o tratamento clínico.

Na neurose fóbica (medo irracional) e na neurose obsessiva (repetição imotivada de atos ou gestos e luta contra pensamentos que se impõem à consciência, contra a vontade do paciente) quase sempre é necessária a associação com medicamentos. *Prof. Miguel Chalub

EM QUE TIPO DE PSICOSES A PSICOTERAPIA PODE SER APLICADA?*

Nas psicoses reativas e transitórias (psicoses leves e passageiras que se instalam como reação a acontecimentos traumáticos da vida), ao lado dos medicamentos, deve-se utilizar a psicoterapia. Nas psicoses graves (esquizofrenia, psicose maníaco-depressiva, deterioração mental progressiva e outras), só está indicada a psicoterapia de apoio e a psicoterapia familiar. *Prof. Miguel Chalub

O QUE É PSICOTERAPIA DE APOIO?*

Psicoterapia de apoio é uma forma de psicoterapia diretiva que visa a dar suporte emocional ao paciente, tranqüilizando, confortando, esclarecendo, acolhendo etc. *Prof. Miguel Chalub

O QUE É PSICOTERAPIA FAMILIAR?*

Psicoterapia familiar é uma forma de psicoterapia que se aplica aos principais membros da família de um paciente (pais, irmãos e outras pessoas importantes), reunidos em conjunto, onde são tratados os problemas emocionais comuns e as dificuldades de relacionamento. *Prof. Miguel Chalub

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